Nossa sexta conferência trabalhou a habilidade da compaixão pelos outros. Começamos esse encontro conversando sobre algumas das principais dores que enfrentamos enquanto indivíduos, comunidades e planeta nesse período de pandemia. Nada disso tem sido fácil, e cada um de nós lidou com angústias por nós mesmos e pelas pessoas mais vulneráveis da nossa sociedade nesse período de crise – particularmente as crianças que acompanhamos, muitas em situações muito ruins.

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Como lidamos com essa angústia empática e com a vontade que surge, muitas vezes, de se fechar e se distrair dessa realidade de tanto sofrimento – de fugir ou bloquear esse sentimento que chamamos de “dor pelo mundo”? Vimos no nosso encontro que o primeiro passo pode ser desprivatizar essa dor – abrir o que sentimos para amigos, colegas, membros da nossa comunidade, e escutá-los também sobre a dor que sentem. Experimentamos um pouco disso na conferência e foi importante para começarmos a notar como é mais fácil fazer contato com esses sentimentos em comunidade – e também mais transformador.

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Vimos no nosso encontro que essa dor pelo mundo e pelas crianças nada mais é do que compaixão, e que reconhecê-la dessa forma nos permite acessar nossa energia, nossa inteligência e nosso poder de agir para transformar as situações de sofrimento que encontramos. A conferência nos apontou caminhos, então, para mantermos nosso ânimo e seguirmos trabalhando para que as crianças estejam cuidadas e amparadas no seu desenvolvimento, na medida do possível, mesmo diante de tantos obstáculos.